- Área: 210 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:Julia Herman
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Fabricantes: CAIXILHARIAS, CORTINA ACÚSTICA, ESTRUTURAS METÁLICAS, INSTALAÇÕES ELÉTRICAS, Mobiliário, PAINEIS ACÚSTICOS DE FORRO, PAINEIS ACÚSTICOS DIFUSORES ACÚSTICOS E INSTALAÇÃO
Descrição enviada pela equipe de projeto. Com a proposta de unir gastronomia com apresentações musicais ao vivo, o Restaurante Bona em Pinheiros ganhou um novo visual mais intimista e com pegada industrial, além de uma acústica caprichada para shows. O arquiteto Fabio Marins que assina o projeto de reforma de 210 m2 foi o responsável em traduzir em linguagem arquitetônica o sonho do. Restauranteur Kike Moraes e Manuela Fagundes, ambos músicos e proprietários do espaço.
Depois de uma reforma de três meses, a planta geral houve poucas mudanças. O espaço que teve mais alterações foi o deck bem em frente à fachada, que além de criar um ambiente externo descontraído, possibilitou a instalação de uma rampa de acessibilidade. A composição dos ambientes foi delineada para dar ao lugar um ar de casa, com decoração dos móveis à iluminação – que buscam unir estética e técnica.
O espaço ganhou um amplo deck, um generoso bar, um jardim com muito verde no terraço e um salão principal, onde acontecem as apresentações que comporta 80 lugares e é completamente independente dos outros ambientes, de forma que, os clientes podem ir ao Bona apenas para tomar um drink no bar ou comer algo no deck sem ter que entrar no salão onde acontecem as apresentações.
A entrada que antes era na lateral, onde hoje se localiza o deck foi redirecionado para frente da caixilharia de ferro com vidro, para convidar as pessoas de forma direta à frequentar o interior. A recepção e bar foram remodeladas e também recebeu mesinhas do tipo coffe-shop e um sofá. A janela logo na entrada tem Pixinguinha e louis Armstrong dando boas-vindas aos clientes.
Por se tratar de um projeto que além de ganhar uma nova estética, funciona como casa de shows, o grande desafio foi com a acústica e sonorização, pois além de terem sido muito complexos para serem executados devido ao porte da estrutura do telhado e altura de pé direito, o objetivo é que ela ficasse o mais “invisível possível” para quem visitasse o local.
Assim as placas acústicas (Rockfibras) foram instaladas entre os caibros, de forma a compor o desenho das águas do telhado, formando um “colchão de ar” entre o lambril e o painel acústico o que favoreceu principalmente a boa absorção de baixas frequências, que quase sempre representam um grande problema nas casas de show. O ambiente quadrado não favorecia a dispersão do som, por isso criou-se um sistema de sonorização de PA (Public Adress) suspenso sob cabos de aço vindos do teto e com subwoofer sob o palco.
Dessa forma a dispersão sonora faz a cobertura uniforme de todo o salão. Com essa estrutura de som especialmente projetada para que as caixas tivessem uma projeção em quatro faces, o conjunto de sonorização ficou extremamente discreto e com um efeito psico-acústico incrível, dando a sensação de que o som estaria repercutindo diretamente dos instrumentistas e não das caixas acústicas, acentuando ainda mais a característica intimista do ambiente. O formato tradicional de palco foi desmantelado de forma a favorecer novas experiências tanto para os músicos como para o público e reforçando o conceito de “sala de estar do músico”.
Predominam no projeto as cores que remetem a um ambiente retrô, com muito off-white e toques de verde e vinho também com referência de casa de vó. Na área externa - bancos e Deck de madeira desenhados pela Fabio Marins Arquitetura e executados pela Degar Estúdio. No bar, estante desenhada por Fabio Marins Arquitetura.